quinta-feira

Esquema de corrupção no setor elétrico comandado por Lobão já é chamado de “Eletrolão”

A Operação Lava a Jato, da Polícia Federal, voltou de vez os olhos para a investigação de supostos esquemas de corrupção nas estatais do setor elétrico do país, controladas pelo Senador Sarney por intermédio do Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.

A mira da operação Lava Jato pode revelar uma nova faceta do escândalo: o “eletrolão” . De acordo com levantamento do site Contas Abertas, as empresas envolvidas no esquema de corrupção são responsáveis por pelo menos dez obras do setor de energia do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Os dez empreendimentos estão localizados nas regiões Norte e Nordeste, em estados como Piauí, Maranhão, Bahia, Pernambuco, Rondônia, Pará e Tocantins. Oito obras são referentes a usinas hidrelétricas e duas a aproveitamentos hidrelétricos. O Ministério de Minas e Energia faz o acompanhamento do andamento das iniciativas.

A Polícia Federal passou a ter atenção maior ao setor elétrico após a citação da usina hidrelétrica de Jirau em documentos do doleiro Alberto Youssef. A PF encontrou em poder de Youssef  uma planilha com o título “Demonstrativo de Resultado – Obra Jirau”, com a contabilidade da Camargo Corrêa na obra da hidrelétrica no Rio Madeira, em Rondônia, com financiamento de R$ 7,2 bilhões do BNDES.

O Ministério Público Federal está na cola das empreiteiras acusadas de pagar propinas a políticos na Petrobras, que também teriam tentáculos em obras públicas do setor elétrico, com especial atenção para a a UTC/Constran, de Ricardo Pessoa, sócio de Youssef, que teria ordenado ao doleiro o pagamento de propina à governadora Roseana Sarney.

A descoberta da planilha da Hidrelétrica de Jirau vai servir de base a investigações da Polícia Federal sobre a atuação do chamado “clube” de empreiteiras no setor elétrico. Segundo a Polícia Federal e o Ministério Público, “clube” era como as empreiteiras que participavam do esquema se organizavam para distribuir contratos e obras entre elas, segundo as investigações da Lava Jato.

Na imprensa, o esquema de desvio de recursos do setor elétrico  está sendo chamado de “Eletrolão”, em alusão ao “Petrolão”.

Com informações do G1, Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo e Site Contas Abertas

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